Braçados de Flores
Entre lilases e verdes.
Trazes-me outras cores às vezes.
Para as quais fico a olhar.
Tentando delas gostar…
Sem saber o que pretendes.
Se é um gesto de amor.
Ou só p’ra contrariar.
O que queres é cativar-me.
Ou…
Gostas de ouvir-me falar.
Porque Rosas não aprecio.
Amarelo lembra-o o Estio:
E o sol sempre a brilhar.
Azul, ainda tolero.
Mas... decididamente não quero. Vermelho para trajar.
Há alguns tons de castanho.
Que me lembram o Outono.
Os cinzas, o nevoeiro que o Inverno traz consigo.
Gomos de laranja nos dedos, deixam no ar o perfume,
de quem os come, com prazer...
Entre braçados de flores.
Usufruis dos meus favores.
Semeando, p'ra colher depois.
Em cama forrada de pétalas.
O teu néctar é a entrada... para florirmos os dois.