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Dá-me um molho de folhas secas.
Apanhadas por ti à mão.
Deixa ficar as prendidas,
gozar o resto das vidas
e oferece-me as que estão no chão.

Dá-me um cesto de pinhas.
Ou simplesmente um punhado.
Com fruto ou vazias por dentro,
perfumadas das resinas,
que escorrem para o prado.

Dá-me ramos e bolotas.
Castanhas mesmo com o ouriço.
Que mesmo com luvas rôtas.
De lã, com dedos à mostra.
Ficarei grata por isso.

Dá-me se o conseguires apanhar.
Branquinho e virginal,
Um floco, quando nevar.
Que te doarei um beijo e o meu coração outonal,
se te servir para amar.