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Silêncios

Talvez poesia. Um sondar d'alma e pouco mais.

Silêncios

Fusível Fundido

30.04.25, Maria Ribeiro

 

Como gerar sua energia sem depender de ninguém -

Imagem: Guia do Sobrevivente

 

Com a costumeira ignorância
Explora-se até à exaustão.
A indecente ganância,
de um povo que só se queixa.
Esgotando-nos a paciência,
sempre que leva um abanão.


Esvaziando prateleiras.
Cerrando em lojas fileiras.
Correndo quais desvairados.
De prepotência atolados, 
sem olharem para os lados,
durante o apagão.

 

E foram pilhas, lanternas.
Geradores, água, enlatados.
Papel para limpar o rabo.
Não fosse o fim do mundo,
tecê-las...
E apanhá-los cagados.

Todos os dias há gritos.
Porque os salários são baixos e o povo já está cansado.
Acontece um imprevisto.
E parecem todos ricos.
Correndo que nem hienas,
para as portas do supermercado.

 

Se o mundo acabar e eu cá estiver, só quero...
Um primeiro-ministro sincero.
E morrer junto dos meus.
Notícias dadas a tempo, para dizer-lhes que os amo.
E o resto que seja breve,
com a graça do bom Deus.