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Silêncios

Talvez poesia. Um sondar d'alma e pouco mais. Fosse eu apenas seria brando, na que escreve não tenho mão.

Silêncios

Jeito Bravio

05.02.25, Maria Ribeiro

 

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Imagem: Freepik

 

 

Antes que a vida acabe.
Perdoa-me a ousadia.
Ser volátil.
Fugidia.
O aborrecer-me com pouco.

 

Releva o meu lado louco.
Deixa-me livre a contento.
Correr com os lobos e o vento.
Ser como as nuvens e o rio.
A fluir sem se cansarem, naquele seu jeito bravio

Ser como a pedra molhada.
Pela chuva açoitada.
Exposta ao rigor da geada.
Pela bátega beijada.
Que acaba luzidia. 

 

Perdoa-me não ter tempo para amar-te.
Que o tempo é lesto a passar.
E não volta para o viver.
Por isso urge-me correr.
Embora possa perder, o que podia ganhar.


Também nunca te prometi companhia ou afeição.
Sou uma mulher furacão.
Destruo tudo ao passar.
Tanto aquilo que toquei.
E o que não cheguei a tocar.

 

Saberás ou imaginas que no centro do vulcão.
É onde a lava é mais fluída.
Nunca te chegarei a dizer, porque tenho de correr.
Como me bates no peito.
És-me o sentido da vida.

 

Não te entristeça o que disse.
Porque não me custa negar.
Sou assim...
Que hei-de fazer?
Se nasci para correr. Nunca me irás apanhar.

 

 

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