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Silêncios

Talvez poesia. Um sondar d'alma e pouco mais.

Silêncios

Lassitude

05.05.25, Maria Ribeiro

 

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Fotografia minha

 

Pesa o silêncio a muitos.
Outros advogam-no resposta.
E ele é tão-somente quietude que aporta plenitude.
O sossego que se impõe quando o ruído corrói
e ameaça conspurcar,
o retiro que concentra.

Deixem-me a contemplar por favor!
Que ficar só não me importa.
É na minha companhia que encontro a harmonia que dá muito bate boca,
abrir e fecho de porta.
O silêncio e a solidão é uma espécie de pão,
que o meu espírito conforta.

É alimento que nutre o corpo sem precisar deglutir.
É-me o silêncio mão materna.
A afagar-me a fronte nua. 
Beijo dado como a ungir, o sossego de quem dorme,
ou permanecendo acordado,
na calmaria flutua.