Não sei! Quiçá...
Imagem: We Mystic
Não há começo nem fim.
Apenas histórias.
Histórias de outros, de ti, de mim.
Que ficarão na memória se o tempo não apagar.
Quem persista em nos lembrar.
Prolongue-nos no tempo,
até ser...
Outra memória a reter.
E tudo que te não digo. Hei-de levá-lo comigo.
Mas creio que saberás. Com elegância o guardarás.
Por também o haveres sentido...
Não sei! Quiçá...
O Tempo existirá sempre!
E quem o viva capazmente,
buscando força no passado,
para enfrentar o presente.
Tempo e mais tempo passante,
como a água sobre a ponte,
que nunca retornará à montante,
para voltar a passar.
Não há começo nem fim.
Apenas almas que se cruzam e reconhecendo-se afagam.
Outras que nunca se demorarão,
muito tempo no lugar.
Mas os ecos de ti e de mim.
De outros que valha lembrar.
Esvoaçarão como aves. As borboletas a par.
Que o tempo não pode tolher. Será incapaz de apagar.