Nunca me concluo, recomeço
Só o céu compreende.
Quando de olhos fixos na areia, deambulo pelas ondas.
Se tornam em espuma as minhas mágoas todas.
Aqui, sou eu e o nada.
Um bando de gaivotas, ao fundo paradas.
O vento a impelir-me.
A sombra a esculpir-me,
alongada.
Hão-de existir, outros.
Mais olhos, pernas e sensações.
Que não vejo.
Alheada.
Só o céu compreende.
Que os passos que dou... para trás, são avanço.
Que nunca me concluo.
Recomeço!