29.12.20
O seu a Seu Dono
Silêncios
Hão-de estar em algum sítio...
Um par de asas, abandonadas.
Suspensas no ar, sem fios.
À espera...
De quem as há-de tomar nas mãos,
ajeitando-as ao dorso.
Até lhes achar o jeito, sentir o conforto.
Fazendo-as suas.
Nessa altura...
Não há mais um anjo no céu!
Só menos um Ser humano na Terra.
Munido de asas, no Eterno.
Um Ser...
Que deixou para trás o casulo.
Da lagarta que era...
Se tornou borboleta.