Serenamente firme
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É preciso ter coragem para escrever. Desenvolver uma tempestade dentro para revolver tudo que define ou põe em causa o homem, ou a mulher que ousa empunhar a caneta; premir uma tecla. Lidar serenamente com a desilusão de nunca ser aceite, nem grande e permanecer firme!
Na mais desolada solidão, acompanhado apenas dos personagens passados e presentes, sem defraudar nenhum, confiar que os futuros virão ao seu encontro, a seu tempo.
Olhar para os dias em que nada se perfila para compor uma frase, como quem admira o mar plácido em dias sem vento e saber que leve o tempo que levar, surgirá uma brisa que trará novamente as vagas. E todas as velas paradas enfunar-se-ão.