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Silêncios

Talvez poesia. Um sondar d'alma e pouco mais. Fosse eu apenas seria brando, na que escreve não tenho mão.

Silêncios

Conforme a Lei

06.12.24, Maria Ribeiro
  Imagem: Pixabay   A noite estava incrivelmente fria e estranha. No ar, um bafo cinzento, exalado por um nevoeiro moribundo, pairava. O silêncio de cortar à faca deixou antever pouco depois, no chão, uma poça de sangue. Ainda quente! Perto, suficientemente longe dali, ouviu-se uma gargalhada histérica. Seguida de um grito rouco de satisfação! Nesse preciso instante o nevoeiro levantou como se ao rir o responsável o sugasse para se ver bem o estrago. O sangue era humano. Faca (...)

Serenamente firme

02.12.24, Maria Ribeiro
  Imagem: Freepik   É preciso ter coragem para escrever. Desenvolver uma tempestade dentro para revolver tudo que define ou põe em causa o homem, ou a mulher que ousa empunhar a caneta; premir uma tecla. Lidar serenamente com a desilusão de nunca ser aceite, nem grande e permanecer firme! Na mais desolada solidão, acompanhado apenas dos personagens passados e presentes, sem defraudar nenhum, confiar que os futuros virão ao seu encontro, a seu tempo. Olhar para os dias em que (...)

Minha Mãe, minha amada!

29.11.24, Maria Ribeiro
      Imagem: Freepik   Invade-me um quebranto profundo. O dia está cinzento, mas a minh'alma, mais negra que a fuligem de uma acha queimada gelada no bordo da lareira empedrada. Também ela esbotenada. Não sopra brisa, nem cai geada. Mas eu? Transformei-me numa vela apagada, sobre a neve tombada, num dos cemitérios da urbe apressada. Olhos fixos numa clepsidra imaginária desregulada, revivo e recordo o último dia completo na Terra, da mui amada Mãe que me pariu em manhã de (...)