Se eu vivesse noutra era... Ou voltasse a nascer. Nunca nos encontraríamos. Ainda que predestinados. Saberás... Que há almas destinadas a caminhar lado a lado Com eras entre si. Poucos ou determinantes anos de diferença. Não (...)

      Mãe! Temos de chegar ao Natal. Depois são mais vinte dias. Quatro meses. Não tarda, mãe... alcançaremos mais meio ano.   Não custa nada. E se parecer difícil. Não contamos p'los dedos. Exorcizamos o medo. Como os políticos (...)

        Naquele dia... Nenhum de nós sabia. Se era merecedor, do outro. Creio que há encontros, que... É suposto acontecerem. Sem um, nem o outro saberem. Apaixonarem-se. Um, parecíamos ser para sempre, um tempo... Que passou como (...)

        Fosse esta rua minha.  Colocava-lhe o teu nome. Fosse o Amor, espiga. Nunca mais terias fome!   Fossem minhas as borboletas. E todas as árvores de fruto... Serias de todos os poetas. O rimar absoluto.   E amar-te continuaria a (...)

      Cansei-me de jurar-te amor eterno. De ver esses votos, escritos na areia. Irem nos braços da espuma... Arrastados pelos dedos suaves do mar. Cansei-me de jurar-te amor eterno. De à noite olhar para o céu e nada parecer, estar fora (...)

    Onde estavam as marcas dos teus passos, que eu idolatrava. Choveu torrencialmente.  O vento fez das suas e partiu. Para trás, parece-me ser já um hábito ficar eu.   Rebuscando no lodaçal que ficou... Memórias de ti. Que a chuva (...)

        Não hão-de os meus olhos chorar mais, por ti.  Juro-to por todas as Estrelas, no céu. Não há-de devorar-me mais, o que senti. Os meus dias serão claros e não, de breu. Amarrarei um sorriso no meu rosto. Podem os meus (...)

      Sonhar-te. De que vale? Ter dedos e não, te tocar. Olhos e não te enxergar. Lábios e não te beijar... Servindo-me só para evocar-te. Sem nenhuma entidade ouvir.   Diz-me... Para quê sonhar-te? Viver uma vida a ansiar. O que (...)

      Dentro do meu peito, um ninho. Um lugar onde te deitas. Numa cama de dossel. Paredes feitas de mimo. Chão atapetado de flores. Cortinas de suaves cores. Tecto de favos de mel.   Dentro do meu peito,Tu! E na cabeceira... Bordado. Um (...)

        Porque me inquietas? Nas noites agora, muito mais frescas. Quando as estrelas brilham mais... E os arrepios da pele, nos pedem outro agasalho.   Porque sinto que me faltas? Gostava de estender a mão e encontrar os teus dedos. Par (...)