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Silêncios

Talvez poesia. Um sondar d'alma e pouco mais. Fosse eu apenas seria brando, na que escreve não tenho mão.

Silêncios

Conforme a Lei

06.12.24, Maria Ribeiro
  Imagem: Pixabay   A noite estava incrivelmente fria e estranha. No ar, um bafo cinzento, exalado por um nevoeiro moribundo, pairava. O silêncio de cortar à faca deixou antever pouco depois, no chão, uma poça de sangue. Ainda quente! Perto, suficientemente longe dali, ouviu-se uma gargalhada histérica. Seguida de um grito rouco de satisfação! Nesse preciso instante o nevoeiro levantou como se ao rir o responsável o sugasse para se ver bem o estrago. O sangue era humano. Faca (...)

Máscara

28.11.24, Maria Ribeiro
  Imagem. Amazon     Um dia a praga tomou conta de todos os cantos do mundo. Outra vez! Por toda a parte a morte passeava livre e faminta, dizimando famílias inteiras. Noutras deixando cínica e divertida, os mais frágeis, desprotegidos. O mundo inteiro parou. Um silêncio profundíssimo só perturbado pelas asas dos pássaros instalou-se. As estatísticas diárias cresciam sem ver-se-lhes no horizonte o pico. Os cadáveres amontoavam-se nas morgues. A Humanidade perdia a guerra sem (...)

Catedral

24.06.24, Maria Ribeiro
  Fotografia minha: Évora Monte   “Um monte de pedras, deixa de ser um monte de pedras no momento em que um único homem o contempla, nascendo dentro dele a imagem de uma catedral.”  - Antoine de Saint-Exupéry -    A mulher que morava na torre despida de móveis, cheia de sonhos, assomou à janela. Naquele dia, como em todos, roubara um pouco do seu tempo ocupado com milhões de coisas, para observar o horizonte vasto e o mundo lá em baixo. Havia algo diferente nas nuvens. No (...)

O Gato e o rato

26.03.24, Maria Ribeiro
    Imagem: Freepik   Estava à vista que a invenção não o era, a personagem ficcional da história aquela... e entre outros propósitos da epístola, perigo e perversidade, privilégios do narrador. Um escorrer pejado de insultos, calúnias, frustração, malícia e uma marcada falta de senso e de gosto que leva pessoas instruídas a fazer de si asnos. Compreendem-se estas coisas nas entrelinhas. Os motivos abafados em cada sílaba cheia de veneno. O passatempo de linguarejar, (...)