Baile
14.11.25, Maria Ribeiro
Imagem: Freepik Beija-me o vento. Como amante desatento, sopra. Rápido se afasta. Indeciso, volta. Bate-me a chuva. Inclemente. Como se a houvesse ofendido. O vento fosse parente, marido. Persegue-me o raio Conivente qual, gente, zaragateia o trovão. Estremecendo as janelas, para soltar a tensão. E eu danço com as folhas, que giram no ar. Impávida à chuva. Ao vento a soprar. Aceno ao raio. Cumprimento o trovão. E prossigo sapateando nas poças e chão.







