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Silêncios

Talvez poesia. Um sondar d'alma e pouco mais. Fosse eu apenas seria brando, na que escreve não tenho mão.

Silêncios

Dói-nos a vida no meio, nos extremos em toda a parte!

03.02.25, Maria Ribeiro
  Imagem: Medium Dói-nos a vida num cansaço instalado que não atenua. Dói-nos até no que não se vê. E matamos o tempo! Não por ser um monstro. Mas por pensarmos que vamos viver para sempre. Então há que matar o tempo. O tédio, a incompreensão. A insustentabilidade da razão por que a vida nos dói?  

Amenésia Futura

02.02.25, Maria Ribeiro
  Imagem: Dreamstime   Sossegada grafo letras para nada. Desenho-as qual sinfonia em pautas de ventania que nada serão um dia. Como a minha essência fugaz também será apagada.    

Seda e Algodão

29.01.25, Maria Ribeiro
  Ponte Rakotz, Kromlau, Alemanha (Foto: Thinkstock)   Inspiram-nos as viagens em mente e as já agendadas são como algodão sob os pés. Promovem conforto na alma. Dão incremento ao corpo que alicia mais que seda ao tacto. Prosseguimos alimentados pela esperança da ida, o êxtase da estadia, arredando da ideia o desagradável regresso à rotina. Quão entusiasmante é sonhar, acordado?! Ficam para depois todas e quaisquer coisas que possam nublar tal intenção. Será nosso o (...)

Imagina

28.01.25, Maria Ribeiro
      Imagem: Selecções Readers Digest, Kolmanskop, Namíbia   Como seria o mundo se todos vivêssemos nas casas em que moramos, sem paredes. Qualquer superfície a dividir-nos ou a defender-nos a privacidade. Completamente "nus" perante os vizinhos capazes de nos verem e ouvir, como nós a eles? Cada um na sua casa. No seu espaço acomodação dividido como é hábito. Porém, completamente acessível à vista, ao ouvido das fracções em baixo, acima, à esquerda, direita. Nas (...)

Ressarcires

22.01.25, Maria Ribeiro
  Imagem: Vecteezy, Maria Tanvir Plantei Amor mais de uma vez. Tratei-o com reverência. E vingou. Quando não mexeria uma palha! Preferia vê-lo definhar e morrer. Mas nunca me senti "vingada" pelo esforço que empenhei no Amor autêntico e leal que dei. Sem jamais ser por ele agraciada. E custava tão pouco... Não importa! O tempo corre e ao amor dado não se considere fracasso nem desperdício. Ressarcires?... Quanto, talvez, não teria eu? Focada e cega que apenas amei.    

Um tudo, tão cheio que transbordava.

21.01.25, Maria Ribeiro
  Imagem: Freepik   O mal do tudo para nós é não levarmos em conta como o tudo é relativo. Ninguém é tudo para alguém. Nem jamais alguém tem tudo. Quando a tudo, nada se pode acrescentar. Os tudo de hoje são irremediavelmente o vazio de amanhã. Oco integralmente do que lhe pusemos dentro. Incrédulos hoje, de como tão afortunados, nada nos faltava. O tudo morre! Inevitavelmente. Como outras coisas, reduz-se a nada. É covarde empenhar a palavra em nome dele. Melhor seria nada (...)

Num ater-se, atado, para sempre indesmoronável

17.01.25, Maria Ribeiro
  Imagem: Freepik   Do que deixo inerte não carrego peso na ida sobre o seu destino. Pesa-me que o que fica "carne da minha carne" permaneça sempre unido e indestrutível. In desmoronado e impenetrável à acção interna e as exteriores que também corroem. A ser assim, ao abalar porque permanecer não posso, que se atenham e ter-se-à o meu Fado cumprido a contento.     

Exodus

16.01.25, Maria Ribeiro
  Imagem: BBC   Vivem presentemente realidades assustadoras. O êxodo faz-se por ar, mar e terra. Diariamente novas hecatombes arrastam consigo terra e gente. Pressentem iminente o culminar do há muito adiantado por ilustres estrelas, já apagadas. Mas nenhum se atreve validar o fim. Seria admitir terem caminhado a tempo inteiro, desde o começo, para o fracasso. Após os avanços todos que conseguiram.    

Senhora e Mãe

15.01.25, Maria Ribeiro
  Fotografia minha, Miradouro do Cabeço do Mosqueiro, 2024   Este ano hei-de ir ver a Senhora. Prometi-lhe há tempo e não tenho falhado. Gosto da Senhora. Embora não cumpra como devesse, falar-lhe mais amiúde. Mas, quê? Lembramo-nos Dela em apertos. Concluindo que embora A tenhamos connosco, confiamos-Lhe pouco, crentes que sabe tudo de nós e assim está o caso arrumado. É o seu Filho testemunha do quanto também Lhe queremos, porém, falhamos nas horas da bonança. Não! Nà (...)

Para além da compreensão

14.01.25, Maria Ribeiro
  Imagem: Depositphotos   A troca de olhares entre ambos reduziu a nada as muitas léguas entre os dois. Uma troca de olhares que só o espaço que os separava notou e anotou para de imediato emendar tal desfeita, cometida, talvez, em nome do ciúme que o espaço sente ao validar a paixão entre duas almas que nada, nem alguém, afasta. Erguessem-se as muralhas mais altas. Esticassem o tempo, alongassem-se os caminhos, todos palmilháveis. As léguas, muitas, que vão de um, ao outro e (...)