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Silêncios

Talvez poesia. Um sondar d'alma e pouco mais.

Silêncios

Um tudo, tão cheio que transbordava.

21.01.25, Maria Ribeiro

 

Página 4 | Fotos Flor Morta | Freepik

Imagem: Freepik

 

O mal do tudo para nós é não levarmos em conta como o tudo é relativo. Ninguém é tudo para alguém. Nem jamais alguém tem tudo. Quando a tudo, nada se pode acrescentar.
Os tudo de hoje são irremediavelmente o vazio de amanhã. Oco integralmente do que lhe pusemos dentro. Incrédulos hoje, de como tão afortunados, nada nos faltava.
O tudo morre! Inevitavelmente. Como outras coisas, reduz-se a nada.
É covarde empenhar a palavra em nome dele. Melhor seria nada dizer. A transbordar de tudo, cheios de certezas, tantos terminaram com nada e a nada ser. Em tempos foste-me tudo! Um tudo, tão cheio que transbordava. Hoje… nem sei quem és!  Por que razão me foste um dia.